Você, que já improvisa ou não, já se perguntou: O que é improviso? Seja no violão, na música ou até mesmo no dia a dia?
Para muitos, improvisar é muito mais complexo do que realmente é.
Nesse artigo você vai ver como o processo para o improviso é muito mais curto do que parece.
Confira as dicas abaixo para entender definitivamente o que é o “improvisar” e começar a aplicar essa metodologia no seu dia a dia com o violão.
A vida é um improviso eterno:
Na música, em particular, improvisar significa um conjunto de modificações momentâneas introduzidas pelo intérprete numa composição no momento da execução.
Contudo, ao menos percebemos como o improviso está presente em todas as áreas de nossas vidas, desde o acordar até o dormir.
Dessa forma, improvisar é fazer algo que não está preparado ou ensaiado, algo inventado na hora, seja com a intenção, ou por força do instinto.
Exemplo de improviso no dia a dia:
Se você acorda pela manhã, vai até o banheiro escovar os dentes e percebe que não tem água na torneira, ao procurar qualquer outra forma para escovar os dentes caracteriza um improviso.
Seja escovar os dentes no tanque, ou de canequinha, e etc.
Ou seja, tudo que não está ensaiado e necessitou de uma resolução diferente do que seria feito comumente, pode ser considerado um improviso.
Faça uma análise do seu dia, ou da semana, pare e pense.
Você irá perceber que por várias vezes, pelo fato das coisas não correrem como o esperado, você teve que se virar.
Em suma, você teve que achar soluções sem ensaio, e com um final agradável ou não, de alguma forma o improviso aconteceu.
Mais detalhes sobre improviso no dia a dia AQUI.
Improviso é bom ou ruim?
Se pensarmos em improviso no nosso dia a dia, podemos dizer sem excitar que, quanto menos precisarmos o fazer, melhor, pois os imprevistos podem ocorrer de várias formas diferentes.
Se caso passarmos por um imprevisto que por ventura não consegamos resolver, e aprendamos com ele, as chances do mesmo imprevisto acontecer novamente são muito baixas.
O que quero dizer é que, precisamos sim estar preparado no dia a dia, mas a impressão que temos é que por mais preparados que estivermos, nunca será o suficiente.
Já o improviso dentro da música é bem diferente, pois na música, a resolução é mais simples do que parece.
Por mais que exista um universo de conteúdos e possibilidades, a resolução para qualquer “imprevisto” estará sempre vinculadas as 12 notas que conhecemos.
(Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó sustenido, Ré sustenido, Fá sustenido, Sol sustenido, Lá sustenido e Si.
Isso não quer dizer que o improviso na música seja fácil, mas posso dizer com certeza que, é mais simples de resolver se comparado aos problemas e imprevistos do nosso dia a dia.
O improviso na música:
Como já foi citado anteriormente, a música, em qualquer instrumento, por mais complexa que ela seja, ela sempre vai se resumir às 12 notas musicais que conhecemos.
Isso nos ajuda muito na hora de improvisar, pensando muitas vezes não na quantidade de notas que serão tocadas, mas sim na rítmica, intensão e intensidade que cada uma delas soarão.
Esse assunto é mais aprofundado no artigo “Como os grandes guitarristas improvisam”.
Falando especificamente do Violão, o improviso nesse, se dá de diversas formas.
Desde a forma tradicional que conhecemos, que seria ao improvisar melodicamente com uma base ou backingtrack ao fundo em uma determinada tonalidade,
Mas por ser um instrumento muito versátil, podemos improvisar também, usando harmonias e sons percussivos utilizando o próprio corpo do Instrumento.
Esse assunto é mais aprofundado no artigo “Violão Fingerstyle”.
Convencional:
Seria improvisar utilizando notas tocadas uma após a outra, ou até com duetos, mas sempre respeitando o que a música quer passar,
Pois afinal de contas, se o músico não sentir a música primeiro, ele nunca conseguirá fazer com que outras pessoas sintam ao ouvi-lo.
Com Harmonias:
Nesse caso podemos encarar a rearmonização feita sem ensaios.
Ali, na hora, como improviso, pois se a base está tocando um acorde, e no intervalo de tempo você faz outros dois ou três que seja, querendo ou não é um improviso.
Ao mesmo tempo esse pode se tornar uma rearmonização, se posteriormente for aplicada pelo grupo todo, ou só por você quando tocando sozinho.
Com sons percussivos:
O improviso com sons Percussivos pode ser feito junto com a melodia, junto com harmonia ou até mesmo sozinho.
Esse é muito utilizado no Violão Fingerstyle, pois mistura exatamente esses três elementos citados.
Por conta da caixa acústica que permite a exploração e emissão de vários sons e timbres diferentes, o improviso com sons percussivo sem sombra de dúvidas, é uma forma excepcional de improviso.
Conclusão:
Em suma, podemos entender que o improviso na música é mais simples do que parece e que cada forma de improviso tem sua peculiaridade,
Mas é importantíssimo que estudemos cada uma dessas formas, não só para sermos bons performances, mas principalmente para estarmos prontos para qualquer situação que exija o Improviso.